Na estrada, de camelo

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

on the road, com o pé frio: Alto Parnaíba!


Sábado, 20 de Dezembro de 2008, 6hs da manhã, e mais uma chuva insuportável para iniciar: equipe reunida na empresa de ônibus (que eu não sei se é pior ou melhor não citar o nome da mesma aqui) que nos levaria (e levou, na marra) até nosso próximo alvo: Alto Parnaíba.
Com um persistente atraso de uma hora e meia da parte de nossos dois membros que não se cansam de me pedir uma rodada de Skol paga pela produção, saímos quase amados e adorados (ironia modo on) pelos outros passageiros do ônibus. Mas como somos persistentes e não traimos a causa (a não ser a nossa parceira Ildenir, que depois relato melhor esta citação), continuamos sentados, apertados e focados: tudo pela sétima arte, ou não.
Balsas às 13horas, almoço com direito à batata doce, ônibus às 15horas, prego.
Conseguimos sair da cidade não lembro a hora exata, muito menos lembro o caminho e a hora em que chegamos em Alto Parnaíba (eu, fabrício e tácio dormimos, digamos, bem).
Só lembro que paramos no hotel da dona Eva, que a cidade era muito escura, que tomei um banho muito gelado, que as pessoas na cidade olhavam intensamente pra gente e que comemos uma pizza mole bem ruim.
Domingo 21 de Dezembro acordei cedo, fui tomar café e andar na cidade com a Ildenir.
De início senti a equipe parada e esperando sempre as minhas decisões e ordens. Talvez por conta dos desabafos que tivemos em um certo dia de intervalo em Imperatriz, talvez por cansaço da viagem ou não, por preguiça mesmo.
Sem visita prévia e com nenhum roteiro em mente, começamos fazendo imagens de passagem e tendo conversas pseudo-despretenciosas com os moradores mais antigos da cidade. Pois bem, antes de irmos já ficamos sabendo da notícia: a cidade não possuia rodoviária!
E isso não foi de todo ruim para nós, que adoramos uma desconstrução.
Ter esse contraste do grande, do médio e do inexistente é um ótimo contraste pro filme. Fomos super empolgados com essa idéia de contrapor extremos e com a idéia de parar a cidade, de almoçarmos com o prefeito e até arranjar alguns, digamos, adoradores do cinema etc e tal.
Seria perfeito. Seria, se na cidade uma coca-cola de 2l não custasse R$6,00 (sim, seis reais!) e se não tivesse faltado energia logo na primeira noite de produção.
Tudo bem, estávamos em um hotel unidos, tinhamos uns aos outros (que fraternal isso!), tinhamos PSSS, e ainda um dia de segunda-feira inteiríssimo pela frente naquele local aonde as horas são contadas sim, de minuto em minuto!
Na segunda dia 22 de Dezembro acordamos em cima do cedo com todo o pique e com um clima super nublado. Rumo casa dos antigos donos da antiga rodoviarinha. Um "não".
Mais imagens de passagem.
Chuvisco, açougue, corinthiano.
Brilhante idéia: filmar as empresas de van que fazem transporte alternativo na cidade e que vão buscar as pessoas de casa em casa. Mais "nãos".
Farofa de fígado, procura por sorvete, "e a menina aí? vai um refrigerante? só na amizade!".
Sob a ameaça de passarmos um Natal extremamente exótico e alto-parnaibano, ao fim da tarde da segunda eis que surge a primeira entrevista:
dona Eva, nossa hospedeira diabética dona do hotel mais badalado da cidade (aliás, adorei aquele verde com salmon).
Ela pareceu bem intimidada com aquele bando de tralha, mas foi se soltando e até rolou um merchan no final haha.
Em seguida saímos para uma caça ao seu David, da única empresa de van que nos sobrava para tentar pôr em prática nossa brilhante idéia do itinerário e tal. E num é que fomos parar na casa do cara, marcamos nossa viagem, gravamos uma entrevista e ainda conheceram as filhas dele, néam rapazes?!
De lá fomos diretíssimo, às 19horas, novamente para a casa do antigo dono da rodoviarinha.
Sua esposa fugiu de nossos equipamentos até convercermos e esclarecermos ao seu esposo as finalidades e propostas do filme. Então ela saiu com uma amiga e gravamos com ele mesmo, que foi bem preciso e fotogênico.

Trabalho realizado, sentimentalismo compartilhado, churrascaria do gaúcho, malas re-feitas.
3horas da manhã do dia 23 de Dezembro o despertador toca e o bus chega. Com chuva e sem energia, novamente, cá viemos nós rumo Imperatriz. Em um micro-ônibus preenchido com cadeiras de alumínio e com muita fome, chegamos às 9horas em Balsas.
Mala da Fal perdida, stress, sono, guarda-volumes, supermercado.
No caminho: mala da fal achada!
Café reforçado, olho maior que a barriga, nice no bar e lá vamos nós para a parte mais catastrófica da segunda viagem. Ó céus, aonde fui parar?!
As pessoas à base de muita Tamy e da mardita fermentada, e eu, que às 13horas deveria estar embarcando em um super micro bus limpo, organizado e reconhecido pela ANTT, fiquei lá, sentada, ansiando a minha cama, meu banheiro, meu computador, à base de muito galeto, da chuva forte, da coca-cola, de muita tiração de onda, abraços, música boa e risadas.

Confesso: Balsas nunca vai ver bêbados tão legais, animados, amavéis e companheiros como aqueles! Foram bons momentos de raiva! haha
Às 16horas voltamos para a rodoviária balsense regados a muitas CAUntigas, muita CAUrreria e muito desCAUnserto de minha parte pegar o desejado micro-ônibus.
Doce ilusão: sentei-me no banco da van lotada e fedida p*#$ da vida, mas com as malas cheias de fitas, satisfação e de introsamento com uma equipe que eu sei, temos afinidades.

os culpados

Enfim, o "inferninho da NICE" deixará saudades, bem como o clima louco, os self-services e minhas batatas-fritas com trident, as reclamações da ildenir (que traiu a causa porque não me apoiou na argumentação e tentativa falida de voltar pra casa mais cedo de Balsas hahaha), as brincadeiras insuportáveis e indispensáveis do fabrício, o perfeccionismo do fernando (que se vendeu por uma hora no cyber), a transparência da mayara, a elegância e maturidade da nice, ao espírito latino e simples do tácio, a pouca paciencia e adorável simpatia da Fal, as viagens nas vans, as noites-pouco-dormidas, a simplicidade da cidade, a curiosidade do desconhecido, a saudade de casa e as encheções de saco!

domingo, 28 de dezembro de 2008

on the road, by van: São Luis!

Após uma noite comemorativa de mais um ano de vida do nosso outro diretor, regada a pizza e algumas cervejas a mais para o nosso homem-que-tudo-ouve, lá estávamos nós, debaixo de uma chuvinha intragável e irritante às 6hs da matina da sexta dia 12 de dezembro de 2008 embarcando na van do seu Chico (graaande Chico!) rumo à ilha.
Equipamentos checados, malas cheias de espírito amador, um pseudo-roteiro mau acabado e (quase) todo modificado, águas, biscoitos, e manu chao - clandestino como a primeira de muitas músicas das quais seu chico não se agradou, assim, muito...
Sem saber ainda aonde iríamos repousar na tal cidade, com a câmera na mão e muita confraternização em colos e cochilos tortos, chegamos às 18hs.
Sindicato dos bancários, granola na Mayara, reviver e cama.

Cedo da manhã, sábado dia 13 de Dezembro de 2008, salve salve: Rodoviária Ludovicense!
Ao chegar fomos fazer as primeiras imagens de passagem, (re)identificar e (re)marcar algumas entrevistas.
Horários e roteiros. Ordens e dúvidas. - ser instrospectiva e subjetiva tem seus contras (e eu que achava que tinha o dom da liderança...).

De cara, já identificamos dois perfis: seu Ceará, carregador de malas, e o cara do guarda-volumes que não recordo o nome, blá.
Eu não me sentia inspirada. E sendo bem sincera, de início, eu não me sentia nem um pingo à vontade. Confesso que essas duas primeiras entrevistas foram as mais desajeitadas. Perguntas superficiais e técnicas demais, o pessoal tenso e eu dispersa, fluiu estranho, fluiu. Devo dizer que ser diretora de primeira viagem (literalmente) foi bastante tenso. Programar horários, próximos passos, mandar calar a boca, chamar atenção, dar ordens sem "por favor", escolhas imediatas, visão do fundo, do foco, da imagem, do som, da equipe, da fotografia, dos questionamentos, da luz, do agora e do depois. Eu quase me senti perdida, não fosse pela equipe disposta a reconhecer (e aturar) a minha falta de experiência e os meus silêncios imensos.
Nesse dia pegamos direto até meados das 14hs e fim.
Almoço, tarde de sono, confraternização na mesa, granola na dupla infalível, ônibus, pizza, praia, taxi lotado e cama.

Domingo, 14 de Dezembro, 10horas da manhã:

13hs:
17hs:
Pressão, críticas e vários nãos.
"As melhores coisas a gente aprende das piores", já diria a minha avó.
Pois assim foi.
Maior naturalidade nas entrevistas, perguntas mais envolventes, apoio, opiniões e clima mais aberto.
As 3x4 animaram nossa noite. À propósito, alguém conhece um tradutor em libras?

Dae fim.
Com um roteiro elaborado e concluído na hora do vamo-vê, deu-se tudo certo em São Luis, amém.

Na segunda dia 15 dei às pessoas o luxo de um dia livre (ok, acho que comecei a me acostumar mal com esse tom da liderença, hein!), com direito à UFMA, dor de barriga e bar do porto.

Na terça dia 16, às 5hs da manhã, lá estávamos nós, rumo casa, descanso de dois dias e preparação físico-psicológica à nossa próxima parada mais punk e nada playboy: Alto Parnaíba!

No final das contas a direção só tem a agradecer à equipe e sua dedicação, aos entrevistados (alguém vai ver isso?!), à Jane e sua super câmera, ao seu Chico e seu companheiro que também esqueci o nome, à Diana e sua simpatia, às pessoas que não puderam viajar mas que estavam ansiosas pelas nossas voltas (Renatita, Fernando e Carlos, eu sei ok), ao Cláudio pela sua grande e necessária disciplina, aos meus pais por apoiarem, pedir desculpa aos amigos ludovicenses pelo meu descaso, à minha avó pela não-visita, às meninas do CA que levaram uma semana de letras nas costas e ao meu cachorro Petrucci, que quase matei esmagado no portão quando voltei. hahaha!

Imagens de passagem em Imperatriz - o começo


Domingo, 07 de Dezembro de 2008, 14hs: rua Fortunato Bandeira e seus equipamentos.

Durante algumas horas calorentas constituimos uma oficina para saber utilizar (leia-se: montar, desmontar, acender, apagar, quando, como, por quê, etc) os demorados e tão estimados equipamentos.
sem fotos suadas, fedorentas e cansadas

Segunda, 08 de Dezembro de 2008: Rodoviária de Imperatriz e insegurança(s).
Nosso primeiro dia de gravação começou assim: 04:30 da matina, sono, atraso e completamente inseguro da minha parte (dos outros também?).
Câmera no tripé, as pessoas mais à vontade do que eu imaginaria que fossem estar, nascer do Sol, corredor central na madrugada, ônibus chegando, passageiros descendo, vistas da rodoviária, "e agora, cau!?", equipe animada, placas, hotéis, ruas e café-da-manhã reforçado e merecido.
Às 18 horas lá estávamos nós novamente: mais atrasos, tentativa de reunião pré-produção, mais vistas da rodoviária, paneleiras, ônibus saindo, malas, pizza constrangedora e bar do claudecir, é claro.


Terça, 09 de Dezembro de 2008: Rodoviária de Imperatriz e calor, muito calor.
Às 10hs lá estávamos nós, óculos escuros, protetor solar, guarda-sol, pranchetas e muita pose: até a Mayara passou por turista na sua vizinhança!
Mais familiarizada com o poder (alguns sentem medo disso hahaha), já pude me sentir mais à vontade com as imagens, as opiniões, as cobranças e reclamações (que o diga a "dona" da rodoviária, hein!?)
Pois bem, mais imagens abertas, vans, taxis, moto-taxis e comércio, que venha a próxima etapa: São Luis!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

dando um tempo sim, parados não!

Saudações equipe!

Acho q todos já perceberam que estamos já um tempo sem atividades. Sim, sim... isso é verdade, mas isso tb não é verdade. As mobilizações gerais estão mesmo um pouco pausadas, por conta das BURROcracias da SECMA. Mas pelo andar da carruagem, muito em breve estaremos com a grana na conta e com os pés na estrada e no camelo. As pesquisas, mesmo que isoladas, continuam. Mantenham-se se orelhas em pé, a qualquer momento ecoará um grito e serão vocês os convocados.

ósculos e amplexos.

domingo, 19 de outubro de 2008

Domingo 19/10

­Bem, na quinta-feira eu (Cláudia) liguei para São Luis novamente e
eles me enviaram um contrato para ler e assinar para que a grana possa
ser liberada (mais uma das 1573 burocracias).
Recebi o contrato, li e restaram várias dúvidas.

Cláudio Marconcine ficou de telefonar para São Luis na segunda
(amanhã) e tentar solucionar esses mistérios contratuais.

Portanto, visto que estamos tentando interpretar o contrato e
resolver isso durante essa semana (e que estamos de mãos atadas sem a
grana) nao terá reunião hoje, pois as novidades não são muito
pertinentes.

Fiquemos de pré-aviso para se o Fabrício precisar de algo na pesquisa
dele e para as novidades/reuniões/convocações extraordinárias que
podem vir acontecer durante a semana.
Tentaremos enquanto isso concluir os roteiros.

Atenciosamente?
­

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Reunião hoje (quarta-feira feriado)

Comunico que haverá reunião para HOJE (Quarta-feira Feriado) às 17 HORAS na casa do Fabrício.
O endereço dele é:
Rua Fortunato Bandeira, número 742, Nova Imperatriz, a casa fica bem próxima à entrada do Fiqueninho, depois da Av. Bernardo Sayão.

Repassem esse comunicado!
Abraços e até mais ver!
­

domingo, 12 de outubro de 2008

Reunião adiada e a bagagem de SãoLulu

Nesse domingo excepcionalmente NÃO haverá reunião pois existem algumas

pessoas da equipe viajando (lê-se: seu Fabrício, o alexandre, a
ildenir, a mariana) e porque chegamos hoje de São Luis e não tivemos
tempo de nos organizar ainda.
Comunicamos que a reunião será marcada DURANTE ESSA SEMANA assim que
o Fabrício retornar, para que possamos colocar as novidades na mesa!
Avisarei com antecedência aqui o dia, local e hora depois.

Comunico também que pretendemos antecipar o cronograma, pois com a
viagem para São Luis concluímos que a pesquisa em Alto Parnaíba pode
ser feita na época da filmagem, economizando assim tempo, dinheiro e
desgaste físico.
Falando nisso, lá em São Luis a Mayara não conseguiu falar com a
pessoa responsável pelo setor financeiro, mas conseguimos identificar
algumas pessoas na rodoviária, confirmamos com a administração e
identificamos que lá dá pra explorar bastante planos abertos e a
imensidão desértica, em compensação (e contraste com a rodoviária
daqui) as relações são em sua maioria comercial, algumas com pouco
tempo de duração e as pessoas bastante frias.
Mais detalhes no próximo episódio...

Pessoas da pesquisa, bom trabalho! Guardem as informações para a
reunião.

OBS: As pessoas que lerem isso aqui ainda hoje (domingo à tarde) por
favor, repassem para quem puder!
Nossa reunião não foi cancelada, foi remarcada para durante a semana!

Fiquem atentos,
A (cansada) direção.

Ah, seguem algumas fotos de lá:

Colaboradores